Show de tecnologia e áudio na Sapucaí

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Show de tecnologia e áudio na Sapucaí

Som controlado com auxílio de satélite garante o espetáculo

Quem assiste ao vivo ou pela televisão aos desfiles das escolas do Grupo Especial do Rio de Janeiro não imagina que nos bastidores desta grande festa há uma estrutura tecnológica de ponta e muito bem arquitetada, pronta para enfrentar qualquer tipo de imprevisto. Com relação ao áudio, especificamente, um exército de aproximadamente 180 profissionais, entre ajudantes e técnicos, trabalha para oferecer ao público um som à altura do espetáculo. Para desvendar os segredos por trás de toda esta engenharia, o Overdubbing esteve na Marquês de Sapucaí e conferiu de perto como é feita a "orquestração" de toneladas de equipamentos, sem margem para qualquer tipo de erro. 

Há oito anos consecutivos fazendo o carnaval carioca, a empresa paulista Gabi Som instalou ao longo da avenida 36 pontos sonoros com quatro caixas de som cada (foto acima), incluindo duas poderosas JBL Vertec, apontadas para a pista, uma Norton LS4, para a frisa (porção da arquibancada que fica colada à pista) e uma GS2 para o público, falante construído pela própria companhia de sonorização.

As percussões da bateria são registradas por meio de oito microfones com transmissão sem fio, sendo quatro Sennheiser e quatro Audix D2, e enviados aos três carros de som  (à direita e acima) que se revezam entre as escolas. Nestes veículos, onde ficam os puxadores, cavaquinistas e violonistas, estão instaladas mesas Ramsa SW80 (à direita e abaixo) e 10 alto-falantes. São responsáveis por cada caminhão quatro técnicos.

Todo áudio captado na avenida, incluindo também os dos carros de som, é enviado via multicabo, fibra ótica e wireless a uma central de mixagem (acima), que regula o som que a platéia ouve em toda a avenida. É desta sala que também é transmitido o áudio para a TV Globo, que mixa conforme sua necessidade. Nesta unidade constam um mixer Yahama TM1D (à esquerda), uma mesa de reserva Amek Recall (à direita) e uma Venue da Digidesign. Toda a estrutura de som da Sapucaí é alimentada por três grandes geradores.

POSICIONAMENTO VIA SATÉLITE EVITA DESCOMPASSO NA AVENIDA 

Além da central de mixagem, há uma central de delays (atraso), que exerce um papel importantíssimo no desfile, evitando que o som dos puxadores e ritmistas atrevesse com os das caixas instaladas na Marquês de Sapucaí. Para isso, um software desenvolvido pela TV Globo calcula, baseado em dados GPS, a posição do carro de som em relação aos 36 postes de áudio da avenida. O programa emite dados MIDI à mesa que dispara uma mixagem pré-gravada para cada um destes pontos do sabódromo, atrasando o som quando necessário. Tudo com o objetivo de evitar que uma escola "atravesse" o samba, acarretando prejuízos no quesito harmonia. O sistema serve também para diminuir e aumentar o volume da bateria, voz ou instrumentos nas caixas de som da avenida quando o carro de som passa em frente a uma delas, previnindo uma possível "embolação" no som.


A central de delay consta de um mixer Yamaha TM1D e caixas Tanoy. Um monitor de vídeo auxilia o técnico no acompanhamento visual da escola 

 

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Esta matéria contou com o apoio de Valter Silva, técnico de som e operador da central de delay da Gabi Som.

 

2009-02-22T19:28:30+00:00 Fevereiro 22nd, 2009|Categories: tendências|Tags: , , , , |

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