Como começar o seu trabalho em casa e terminá-lo no estúdio?

///Como começar o seu trabalho em casa e terminá-lo no estúdio?

Como começar o seu trabalho em casa e terminá-lo no estúdio?


Olá, amigos leitores! A coluna traz hoje um tema bem importante para aqueles que começaram a produzir seus trabalhos musicais em casa e desejam finalizá-los em um estúdio profissional: como preparar as sessões gravadas para esse tipo de situação?

Hoje em dia é bastante comum chegarem até mim clientes que desejam fazer parte do trabalho em homestudio e parte em um estúdio comercial. Por exemplo, para uma banda de rock tradicional, é bem razoável que se grave a bateria no estúdio, a guitarra e o baixo em um home studio (usando plug-ins simuladores de amplificador) e, depois, voltar com o trabalho para o estúdio com o objetivo de gravar as vozes.

Mas como administrar as diferenças entre a sua casa, a sua DAW (Digital Audio Workstation – software de gravação) e a do estúdio? Digamos que você grave em casa usando o Cubase, mas o estúdio em que você vai gravar usa Pro Tools. É claro que o formato da sessão de uma DAW não é compatível com outra, certo? Além do mais, digamos que você tenha gravado as guitarras e os baixos usando Amplitube 3, mas o estúdio não tem esse plugin disponível. Como os sons serão carregados? Pois bem, vamos por partes.

UTILIZAÇÃO DE PLUG-INS

A primeira coisa a se fazer quando se usa plugins simuladores de amplificação, ou instrumentos virtuais (teclados, pianos, cordas, percussões, etc, geralmente em MIDI) é gravar o som processado em uma trilha de áudio individual. A maioria das DAW’s disponibilizam sistemas de roteamento interno, geralmente chamados de bus, ou canais auxiliares, que te permitem fazer esse processo. Outras possuem a opção freeze. Procure conhecer a sua DAW e ver o que ela lhe permite fazer, nesse sentido. O importante é que você possa ter na sua sessão um canal de áudio com o processamento do plug-in simulador, ou do instrumento virtual. Assim, não há a necessidade de o estúdio possuir os mesmos recursos que você (e isso inclui problemas com as versões de um mesmo plug-in) para que os seus sons apareçam na sessão.

TODOS OS ÁUDIOS COMEÇANDO DO MESMO PONTO

A segunda coisa é se certificar de que todos os áudios da sua sessão começam e terminam no mesmo ponto. Isso em algumas DAWs é chamado de consolidate. Quando se consolida os canais, você garante que terá arquivos de áudio inteiros começando e terminando no mesmo ponto, evitando assim, na hora da importação desses arquivos na DAW do estúdio, que as coisas toquem desencontradas (ou seja, fora do seu lugar correto na timeline). Imagine o caos que seria importar 15 arquivos picotados de um mesmo canal de guitarra. Viu o tamanho do problema, né?

FORMATOS DOS ARQUIVOS

Outros fatores muito importantes a serem verificados também são o formato dos arquivos, a taxa de amostragem e a taxa de bits. Se certifique de que a DAW do estúdio aceita os três parâmetros de acordo com os que você escolheu pra trabalhar. Por exemplo, se você gravou em .wav de 24 bits, a 44,1kHz, vai ter uma boa chance desse formato ser compatível com qualquer DAW. De qualquer jeito, é sempre bom confirmar. Formatos de arquivo de áudio como o SD II são perigosos, pois, no caso desse exemplo, ele só é compatível com o Mac.

EVITAR BOUNCES

Por fim, evite levar bounces (arquivos estéreo já exportados com todas as trilhas “mixadas”) para o estúdio de gravação. Por exemplo, no caso de uma gravação de voz, geralmente se faz uma pré-mixagem para deixar a música confortável para o cantor (prevenindo que algum instrumento entre absurdamente alto e o impeça de ouvir corretamente). Se você levar um bounce fechado, não será possível alterar essa pré-mixagem caso seja necessário. Pode ser que em algum trecho, ou em alguma música, o vocalista tenha necessidade de ouvir mais o baixo do que a guitarra. E aí, como fica?

Espero que essas dicas deem uma força para aqueles que ralam duro para fazer o seu CD. Qualquer dúvida, conselho, xingamento, carta-bomba, podem mandar um e-mail para sergiorangelfilho@gmail.com. Grande abraço!

 

2011-06-27T09:24:27+00:00 junho 27th, 2011|Categories: Produção musical|Tags: , |

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3 Comments

  1. Ivan junho 27, 2011 at 11:56 am - Reply

    Muito bom o material postado cara!
    Vou repassar pra um amigo que vai gravar agora em julho!
    Quanto mais eu leio sobre gravações , mais eu vejo que nada sei.. rs

  2. Leandro junho 27, 2011 at 1:53 pm - Reply

    Muito bom!

  3. Maurício junho 27, 2011 at 8:32 pm - Reply

    Bem legal o artigo!

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