Novo equipamento é simulador de amplificadores de guitarra e interface de áudio USB, com novos recursos e modelagens
Ainda me lembro das minhas experiências sonoras durante o final da década de 1990, quando era quase impossível conseguir equipamentos que simulassem com qualidade falantes de guitarra. Na época, fiz diversos testes microfonando um amplificador Marshall JCM 900, que um amigo me emprestara por um tempo, com um Shure SM57. Apesar de alguns bons resultados, a experiência nem sempre era positiva, até conseguir um pedal Zoom 503 Amp Simulator. Na medida do possível, obtive um som que me agradasse utilizando uma antiga pedaleira ME-6, da Boss, em conjunto com o pequeno Zoom. Gravei muita música com este set no meu saudoso VS-840, da Roland, que por sinal ainda o guardo até hoje na caixa. Em 2001, juntei um dinheirinho e pude adquirir o meu tão desejado POD 2.0, o famoso feijãozinho da Line 6, que revolucionou o mercado dos direct box com simulações realmente convincentes.
Seja pela falta de espaço, ou simplesmente devido à carência de uma sala bem preparada para microfonar um amplificador no “talo”, muitos guitarristas adotaram os amp simulator (incluo nesta brincadeira também os plug-ins de computador) em suas gravações. Se é melhor, ou pior, aí vai do gosto (e do bolso $$) de cada um. Mas que estes produtos são sinônimo de praticidade, isso ninguém pode negar (confira entrevista com o engenheiro Sólon do Valle). Em continuidade ao sucesso da linha V-amp de simuladores de amplificador, a Behringer apresentou este ano na Musikmesse o V-amp 3, que além de processador de efeitos e amp simulator é também uma interface de áudio USB, seguindo a tendência do mercado pela convergência (tema que venho abordando no Overdubbing faz tempo).
Diferente da versão anterior, o novo V-amp é disponibilizado na cor vermelha e oferece 28 tipos de amplificadores virtuais, que podem ser multiplicados por 15 diferentes modelos de combos, resultando em um arsenal de mais de 400 combinações sonoras. Acompanha o equipamento o software de gravação energyXT2.5 que permite utilizar o V-amp 3 para gravar guitarras diretamente no computador, e sem atraso, segundo a fabricante. Além da função Tap-tempo, que permite controlar parâmetros de efeitos como delay, o novo simulador da Behringer possui reverb, chorus, flanger, phaser, rotary, auto-wah, echo, bem como compressores. Para mais informações sobre onde encontrar o novo V-amp 3, entre em contato com a Equipo, importadora oficial da Behringer no Brasil.
Comprei o V-Amp3.
Paguei em Bilbao €$ 130,00 – R$ 340,00. Veio na mala e não paguei imposto. Vendi meu V-Amp2 por R$550,00. Lucro, porém…
1ª mancada – Não vem com o “bag” nem o “foot-switch”.
O bag não faz diferença, mas quem não tem uma FCB1010, fica na mão sem o FS112V que vinha no V-Amp2.
2ª mancada – A cor. Vermelho metálico com botões cromados. Podia ser azul metálico, ao menos manteria a identidade. O formato de corpo de guitarra permanece.
3ª mancada – Nenhuma novidade quanto a interface de áudio. É a mesma UCA 202, só que vermelha. O software é o mesmo, simples e prático, porém limitado.
4º mancada – Os efeitos. São 4 novos bancos de dados com 5 pré-sets cada. Ao todo 20 “novos” efeitos. Os efeitos “cleans” estão bem melhores, menos artificiais. Já as distorções me perecem repetitivas. Algumas melhoraram bastante, muito embora ainda haja efeitos bem “chochos”, abafados e mal acabados. O resto quase tudo igual.
5º mancada – O equipamento continua sendo bi-volt, porém a fonte ainda é 220v ou 110v. Depende da origem (Europa ou EUA).
6ª mancada – Há rumores de que o V-Amp2 sairá de linha, sendo substituído pelo V-Amp3, ou seja, o preço vai despencar.
Custo beneficio excelente, para quem não quer gastar muito.
Importante, vem com o Manual em Português (Brasil).
Resumindo é isso!
Abraços