Não, a coluna de hoje não descobriu um novo efeito criado pelos chineses. O tema abordado é sobre como a China está entrando no mercado de pedais e competindo para valer! Talvez de forma mais tímida do que na indústria têxtil, automobilística, ou de eletrônicos, ela vem, como diria o velho clichê, “chegando para ficar” no mundo dos pedais. Assim como nas outras áreas, o produto Chinês aparece como uma alternativa absurdamente barata e com inúmeros benefícios. Mas e a qualidade dos componentes? Como sempre, é de se contestar.
A China já produz a grande maioria de renomadas marcas (os pedais da Boss, por exemplo, são made in Taiwan). Agora, surgem novos nomes produzindo pedais que prometem concorrer diretamente com as “grandes” marcas, custando muito menos (custam até menos que handmades!) e alguns deles já se encontram no mercado brasileiro, como a Biyang e a Nux by Cherub. Esses são fáceis de se encontrar por aqui. Custam a partir de R$ 100 e possuem carcaça de metal, chave true-by-pass (itens obrigatórios de qualquer marca chinesa) e chaveamentos que permitem variações no timbre que aumentam as possibilidades de utilização do pedal (a Byiang, por exemplo, possui um Overdrive o OD-8 (foto) que simula Tube screamer, Super Overdrive e Distorção, custando menos da metade do preço de um deles.
Esssa marcas, no entanto, não são criadas para “durar”. O que querem é o seguinte: os pedais ganham certa “fama” no mercado e, em seguida, são “brandeados”, isto é, são incorporados à grandes marcas. Aconteceu com os pedais Biyang que agora estão sendo comercializados também por outras marcas, como a GFS. O mesmo ocorreu com Beta Aivin, que virou Groovin, Artec que foi vendido também como Washburn…
Voltando a questão do custo/benefício, um pedal chinês é uma opção para quem não pode gastar muito. Dá para tirar um som legal com certos pedais. É indicado àqueles guitarristas que não fazem tantos shows (situação que sempre exige mais do equipamento) e em casos de pedais que são menos utilizados no set (eu uso pouco tremolo, por exemplo). Uma coisa é certa: em se tratando de som e, principalmente, durabilidade (isso é muito importante), pelo menos por enquanto os pedais chineses não chegam ao patamar de grandes marcas e nem de handmades de qualidade no mercado.
Se tem curiosidade em conhecer alguns desses pedais chineses, digita no google:
– Belcat
– Biyang
– Joyo
– Cherub Nux
– JPT
– Nxgeneration
Aqui, um vídeo do tube Overdrive da NuX by Cherub, citado no artigo. Mas não se iluda muito, pois esse som está muito bem “masterizado” – palavra de quem já possuiu um.
Paulo H. Freire é músico amador e criador do blog Últimas do Pedalboard , voltado para a busca de informações sobre efeitos e pedais de grandes guitarristas.
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Fala, Paulo! Olha, já vi muita gente tirando som muito bom de “caixinha de fósforo”. Isso vai do ouvido e tb do equipamento é claro! Concordo com essa questão levantada no seu artigo sobre a qualidade dos componentes. Já tive pedais xingling que duraram o que tinham que durar, mas não troco os meus velhos e bons pedaizinhos da Boss…hehehe! Tenho um Metalzone que está comigo há quase 20 anos e rodando macio….! Abs e parabéns pela coluna no site!
Olá!!!
Sobre sua afirmação: “Mas e a qualidade dos componentes? Como sempre, é de se contestar.”
A questão é: Como contestar? 🙂
Abs